Nesta quarta-feira, 1º/3, completam-se 100 anos desde que o Brasil e o mundo perderam um enorme talento: Rui Barbosa. Natural de Salvador, Bahia, ele foi um importante jurista, político, escritor e diplomata brasileiro.
Como não poderia deixar de ser, Migalhas preparou uma série de reportagens ao longo dos últimos dias para relembrar o legado de Rui Barbosa. Abaixo, confira cada uma delas.
No dia 1º de março de 1923, nos deixava o grande Rui Barbosa, aos 73 anos, vítima de uma paralisia bulbar. Oitenta anos depois, em 2003, o professor Rubem Nogueira, autor das premiadas obras “O Advogado Rui Barbosa” e de “História de Rui Barbosa”, preparou um artigo exclusivo ao Migalhas detalhando os momentos finais da Águia de Haia.
A consternação e a emoção tomaram conta dos jornais ao noticiarem a morte de Rui Barbosa, há um século. “Apagou-se o sol”. Foi assim que o jornal carioca Gazeta de Notícias anunciou a morte do jurista. E assim fizeram, um a um, os veículos de imprensa pátrios. Matutinos da França, Inglaterra, Bélgica e de dezenas de países publicaram em suas primeiras páginas “Ruy est mort” ou “Une grand figure qui disparaît”.
Em junho de 1907, começava a II Conferência da Paz de Haia, na Holanda. A reunião de delegados de vários países perdurou até 18 de outubro daquele ano. Na ocasião, o Brasil foi representado por Rui Barbosa e, até os dias de hoje, sua participação é considerada uma das mais primorosas atuações da diplomacia brasileira, tendo conferido a ele o epíteto de Águia de Haia.
No centenário de morte de Rui Barbosa, seguem vivas não só as lições deixadas pelo eterno jurista, mas também a polêmica acerca da grafia de seu nome. Afinal, Rui Barbosa se escreve com I ou com Y? Para pôr fim à discussão, falamos com o mestre da soletração, o professor de língua portuguesa Sergio Nogueira, famoso pelo quadro da TV “Soletrando”. Diz aí, professor: como é que se soletra?
Há quase 130 anos, o STF concedia habeas corpus impetrado por Rui Barbosa, determinando a soltura de 48 cidadãos presos a bordo do navio Vapor Júpiter, por ordem do então presidente, Floriano Peixoto. O combativo advogado ponderava que, embora as acusações apontassem para crime militar, as razões de fundo eram políticas. O julgamento do remédio heroico acabou por representar importante precedente, pois foi a primeira vez que o Supremo analisou a constitucionalidade de lei ou ato Federal de forma originária e difusa. Depois deste, o advogado impetraria outro HC, que culminou na declaração de inconstitucionalidade do Código da Armada.
Há quase 130 anos, o STF concedia habeas corpus impetrado por Rui Barbosa, determinando a soltura de 48 cidadãos presos a bordo do navio Vapor Júpiter, por ordem do então presidente, Floriano Peixoto. O combativo advogado ponderava que, embora as acusações apontassem para crime militar, as razões de fundo eram políticas. O julgamento do remédio heroico acabou por representar importante precedente, pois foi a primeira vez que o Supremo analisou a constitucionalidade de lei ou ato Federal de forma originária e difusa. Depois deste, o advogado impetraria outro HC, que culminou na declaração de inconstitucionalidade do Código da Armada.
Este poderoso rotativo teve a honra de fazer um bate-papo com ninguém mais, ninguém menos do que o imortal Rui Barbosa. Com seu clássico estilo, o ilustre jurista comentou sobre os ataques de 8 de janeiro, taxa de juros e STF.
Como uma forma de homenagear Rui Barbosa, a Editora Migalhas lança, nesta quarta-feira, 1º/3, dois livros de aforismos que reúnem mais de 1.500 preciosidades garimpadas da extensa obra da Águia de Haia. As obras partem de um extenso estudo sobre artigos jornalísticos, trabalhos jurídicos, conferências e discursos do eterno jurista.
A primeira edição foi originalmente lançada pela Editora Migalhas em 2010. Agora em nova roupagem, a apresentação da obra recebe as palavras do presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti. Inédito, o segundo volume das Migalhas de Rui Barbosa traz 733 novas frases. O prefácio conta com a participação do presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco
Na mesma data, também será lançada a obra Ruy Barbosa – O advogado da Federação e da República, de autoria do ex-bâtonnier da advocacia, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.
Editado por Migalhas, o livro homenageia o jurista e traz uma análise de trabalhos jurídicos do ilustre causídico, como peças, teses de defesa, pareceres e discursos, acerca dos quais são tecidos comentários que levam ao leitor o contexto social e político da época.
Fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/382191/migalhas-homenageia-rui-barbosa-em-centenario-de-morte-do-jurista